segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

PARÓQUIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Pedro Velho, Rio Grande do Norte

PARÓQUIA DE SÃO FRANISCO DE ASSIS - PEDRO VELHO

A paróquia de São Francisco de Assis, em Pedro Velho/RN, foi criada por Dom Antônio dos Santos Cabral, aos 11 dias do mês de fevereiro do ano do Senhor de 1922. Localizada na região agreste, há 85 km de Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte. Durante esses 94 anos de história, passaram por esta paróquia, 17 padres que contribuíram no anuncio do Reino de Deus; dentre os quais elencamos o primeiro e o atual: Pe. Leôncio Fernandes da Costa de 1922-1935, e o Pe. Claudio Luiz de Carvalho desde maio de 2008.

ATA DA CONSTRUÇÃO DA IGREJA MATRIZ DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Aos 03 de outubro de 1918, sua Excelência Reverendíssimo Senhor Bispo Diocesano, Dom Antonio dos Santos Cabral, achando-se desde a primeira festa nesta Vila em visita Pastoral, e comunicou-me verbalmente capelão do lugar e encarregou-me da construção da futura matriz, sob a palestra e explicação do Padre Fernando Nolte da Sagrada Família, residente em Natal. Nessa época havia uma Capela-Mor, feita de tijolos, um altar velho de madeira com a imagem do Padroeiro São Francisco de Assis, no corpo da igreja havia uns alicerces feitos em 1909, pelo então vigário da Penha Francisco de Almeida e uma Grande latada de palha de coqueiro. Tratei logo de adquirir dinheiro e material para começar o serviço de pedreiro em maio de 1919. Tendo sido confiado o trabalho pelo Padre Fernando Nolte ao mestre Estevão Manoel, de nacionalidade grega, sendo aproveitados os alicerces e marcando mais dois alicerces para as duas torres. Em fim de julho foi suspenso o trabalho por falta de tijolos, e somente em março de 1920, recomeçou sob direção do pedreiro José Cândido da Silva que, com o seu sobrinho Antônio Cândido continuaram até outubro do mesmo ano, quando foi novamente suspenso o trabalho por falta de dinheiro e materiais, ficando as paredes na altura entre quatro e seis metros parece mais ou menos. Em fevereiro de 1922, sua Excelência o senhor Bispo Dom Antônio dos Santos Cabral, lançou um decreto criando a Paróquia de São Francisco de Assis de Vila Nova, nomeando-me o primeiro vigário da nossa Paróquia.
Nas grandes enchentes do vigoroso inverno de 1924, as paredes da Capela-Mor e as feitas do corpo sofreram grandes rachões, desanimando o Capelão e o povo, para a continuação dos trabalhos, que devido à grande crise de dinheiro, contratei, no dia 17 de novembro de 1924, com o mestre pedreiro Manoel Carvalho, conhecido por mestre Nezinho, a conclusão do corpo da igreja. Aproveitei o material das duas torres rachadas e comecei o alicerce de uma só torre no meio, por oito contos de réis, e continuei o trabalho como o mesmo mestre Nezinho.
Achando-se a matriz limpa inteiramente e estando aqui visita pastoral o Senhor Bispo Dom José Pereira Alves, no dia 14 de janeiro de 1925, às oito horas da manhã, sua Excelência reverendo com a benção solene da matriz e do Altar-Mor, sendo celebrada em seguida a missa presidida pelo ritual.
Aos quinze dias de dezembro de 1927, contratei o mesmo mestre Nezinho para a conclusão da torre e limpeza das paredes internas e externas, sem os assoalhos ou pisos por quinze contos de reis. Ainda com o mesmo mestre fiz dois contratos; o primeiro para a construção das calçadas laterais e o segundo para a construção do patamar. O mestre não concluiu os serviços, sendo terminado pelo pedreiro Antônio Cândido.
No decurso desse trabalho, fiz grandes sacrifícios, encontrei auxílios de pessoas dedicadas e também muitos injustos e ingratos que me fizeram experimentar várias contrariedades.
 Declaro por ocasião de aperto que pude salvar os pagamentos. Empreguei nas obras da Matriz por consenso de Monsenhor Alfredo Pegado Vigário Geral, trezentos mil réis na Capela de Santa Luzia do Ingá, e em outra ocasião idêntica quatrocentos mil réis na capela de santa Rita de Cuitezeiras, devendo a Matriz satisfazer essas importâncias, se as capelas encontrasse em trabalho.
Tendo adoecido e não podendo concluir os trabalhos de madeira da Matriz e nem a sua paramentação devido ao indiferentismo do povo, sua Excelência o Senhor Bispo Diocesano Dom Marcolino Dantas me aconselhou deixar o paroquiado, que hoje faço porque recebi um cartão do Monsenhor Alfredo Pegado me avisando que tinha nomeado o vigário daqui Padre Ambrósio Silva.
Sobre o patrimônio da Matriz de Vila Nova o que ela tem justamente é um Altar-Mor com as imagens de São Francisco de Assis, Padroeiro, São Sebastião e Santa Teresinha. Um altar de madeira com três imagens: O Coração de Jesus, Nossa Senhora da Conceição e São José. Um altar novo de amadeira com duas imagens já compradas: Nossa Senhora Auxiliadora, Santa Ligia e outra já encomendada. Uma imagem pequena do Coração de Jesus e uma de Nossa Senhora do Perpetuo do Socorro, duas banquetas de metal brando com os referidos crucifixo, cinco paramentos brancos, encarnado (vermelho), rosa e preto, quase todo já acabados, uma lavraria pequena, um cálice, dezesseis toalhas de altar, oito de mãos e outros. 

Vila Nova, 10 de Maio de 1935.
Padre Leôncio Fernandes Costa

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